Vamos nos permitir...
sábado, 2 de julho de 2011
Jornal do Brasil - Rio - Facha: após demissões de professores, alunos temem pela qualidade do ensino
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Quem é vivo, sempre aparece!
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Anos, meses, semanas, dias, horas, minutos, segundos...
sábado, 11 de dezembro de 2010
Things can change
Eu vivia reclamando da falta de tempo no período de provas da faculdade, a correria com entregas de trabalhos, enfim, essas coisas de vida de universitário que você já deve estar ciente. Mas agora que finalmente "acabou" (ao menos até fevereiro ou março), tenho aquela sensação de vazio. O fato é: tenho tido muito tempo livre, mesmo quando eu achava estar muito ocupada.
sábado, 20 de novembro de 2010
Passada a fase "caótica"...
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Se ao menos uma única coisa ocorresse diferente
Teoria do caos. Efeito borboleta. Efeito dominó.
"O simples bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo."
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Swu e sua mensagem subliminar. Será assim no futuro?!
"Não haverá água para desperdiçar lavando as mãos ou limpando dejetos humanos. Os alimentos custarão caro e, mesmo que você tenha dinheiro, terá que lutar para conseguí-los. Tudo isso em um ambiente muito frio ou muito quente (desertificação) em uma área totalmente devastada, cercada por plantações de cana ou eucalipto."
Esta foto foi tirada por mim chegando na Fazenda Maeda.
domingo, 26 de setembro de 2010
O óbvio é o mais fácil de ser percebido?
Ao se aproximar o SWU - evento de música em ITU - que prega a bandeira da "sustentabilidade" (Ah, eu vou!), comecei a refletir sobre certos aspectos. Este não é o primeiro evento (e não será o último) a misturar música e consciência ambiental.
Penso se esses eventos realmente influenciam as pessoas ou se o "ecologicamente correto" é apenas mais uma ferramenta de marketing, já que está moda. Se eles realmente ajudam a conscientizar os indivíduos. Afinal, as pessoas estão lá por outro motivo, certo? Curtir os shows, se distrair e se divertir, ou seja, pelo entretenimento. Logo, o sustentável não fica em segundo plano, não é tratado apenas como mais um detalhe?
Um adolescente disse a seguinte frase em um fórum que participo em uma rede social: "Eu acho que a nossa consciência sustentável só vai até onde esbarra no nosso conforto cotidiano". Não sejamos hipócritas, ele tem razão.
Voltando às minhas anotações aleatórias, aparentemente sem nexo por estarem fora do contexto, resolvi criar um post com todas essas frases soltas e adaptar a um "contexto".
Já dizia um antigo professor que se o homem vivesse no fundo do mar, provavelmente a última coisa que ele descobriria seria a água.
Talvez não devêssemos falar da realidade, e sim de realidades. O mundo se apresenta com uma nova face cada vez que mudamos a nossa perspectiva sobre ele. Conforme a nossa intenção ele se revela de um jeito.
O homem não é um ser passivo, que apenas grava aquilo que se apresenta aos seus sentidos. Pelo contrário, o homem é construtor do mundo, o edificador da realidade. Mas o homem percebe-se como estando submetido à realidade.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Sociedade disciplinar e sociedade de controle. O que são? Eis a questão...
Segundo o filósofo francês Michel Foucault, na sociedade de soberania (século XVI e XVII) a figura do soberano tem o pleno direito da vida e da morte dos seus súditos. Logo, o soberano possui o direito de “fazer morrer, deixar viver”; partindo do princípio que o poder do soberano sobre a vida só é exercido a partir do momento em que este também pode tirá-la.
A sociedade disciplinar dita por Foucault começa a vigorar a partir do século XVIII, junto com o Estado Burguês, e consiste em um sistema de controle social que utiliza diversas técnicas de vigilância e disseminam-nas pelas sociedades através de uma cadeia hierárquica - partindo de um poder central e se multiplicando em uma rede de poderes ramificada. Inicialmente, essa forma de controle foi criada pela burguesia que temia que as ideias da Revolução Francesa e do Iluminismo se disseminassem pelas massas.
O indivíduo é selecionado e dissecado individualmente, não para valorizar suas particularidades, mas com o objetivo de melhor controlá-lo, assegurando uma estrutura social homogênea. Pois, como diz Foucault “Toda forma de saber produz poder”.
O corpo social é o novo princípio e um molde é pregado a fim de manter a ordem na sociedade. Toda forma de controle é adotada por esta sociedade tendo como objetivo a produção, partindo da teoria que o indivíduo bem vigiado será produtivo. O sentido era deixá-lo dócil e apto ao sistema de produção (como pôde ser observado na propaganda política Triunfo da Vontade (1934)). A ideologia proposta neste momento é inversa: “fazer viver, deixar morrer”.
As sociedades disciplinares utilizam-se os meios de confinamento, tais como: a prisão, a fábrica, o hospital, a escola, o manicômio, a polícia (elementos essenciais do modelo Panóptico podem ser observados em: ORWELL, George. 1984 (Mil novecentos e oitenta e quatro), 1949). O principal problema era o movimento físico dos indivíduos, em suma, o deslocamento espacial.
O documentário Noite e Neblina (1955) de Alan Resnais explicita com clareza uma das fontes de confinamento e de métodos de extermínio predominantemente usados no sistema nazista: os campos de concentração. A trilha, a narração - que foi adaptada ao filme de um texto escrito por um sobrevivente de Mauthausen na Áustria - e as imagens chocantes, muitas vezes insuportáveis de se ver (crianças, homens e mulheres transportados como cargas em grandes trens, imensas filas de corpos nus, pessoas subnutridas por sopa ralas, cadáveres empilhados ao relento, salas de experiências de sadismo “médico”, montanhas de cabelos à espera da industrialização, cabeças em cestos) dialogam entre si. No Estado em Guerra (como é o caso especial do nazismo) o Estado apropria-se da estratégia ideológica “fazer viver, deixar viver” quando, na verdade, faz exatamente o contrário na prática. O Estado tem muito interesse na força de trabalho que estas vidas propiciam e por isso não querem nenhum tipo de resistência por parte delas, trabalhando tal estratégia.
A partir do século XX, mais precisamente na segunda metade, a sociedade disciplinar analisada por Foucault entra em transição e se transforma na denominada sociedade de controle. Novas formas de controle mais requintadas e corriqueiras substituem os métodos do regime disciplinar (Vide livro HUXLEY, Aldous. Admirável Mundo Novo, 1932). Antes o regime era fechado, agora é aberto (dois exemplos cotidianos: “Como estou dirigindo?” e “Sorria, você sendo filmado”). O monitoramento muitas vezes é usado como justificativa de uma suposta diminuição na criminalidade, sobretudo, vários estudos apontam não existir relação direta entre esses dispositivos e uma sociedade com menos violência.
Em casa, no trabalho, no restaurante, na rua – a sociedade de controle está em todo lugar, é uma vigilância constante (assim mostra o livro MANSANO, Sonia Regina. Sorria - você está sendo controlado, 2009) . Até o cinema já tem utilizado esse tema, um exemplo disso é o filme Red Road (2006) onde vigilância significa proteção e invasão junto com o elemento humano que determina o seu peso moral. Ou ainda Matrix (1999), filme bastante conhecido.
Os processos de comunicação fundamentam muito bem esse tipo de sociedade. A empresa substitui a fábrica e o indivíduo passa a ser dividual, pois está separado de si mesmo e é lançado na massa, apreendida como estatística financeira. O controle virtual do capital é a senha.
As sociedades de controle lançam uma formação permanente das ações, do pensamento e até da linguagem, para isso utilizam diferentes instrumentos tecnológicos como: câmeras, campanhas de saúde ou comerciais sedutores que atraem os consumidores para distintas mercadorias ou serviços (é o controle através da midiatização). De fato, a globalização só vem reafirmar essa questão: a dominação cultural, econômica e ideológica.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
" Você será muito feliz ... "
Hoje vou escrever sobre banalidades, somos apenas: eu, você e a vida. Um brinde ao nada plausível.
Quero desligar-me um segundo, perder toda a atenção no mundo.
Quero esquecer dos "outros". Quero escrever sobre mim e para mim. Mas quero que você se identifique comigo.
Quero dizer coisas sem sentido, estar um pouco fora de mim mesma. Quero um mundo paralelo.
Quero o novo, o caos, o riso, o pranto. Quero todo seu encanto.
Quero voar alto e que me acompanhem no meu vôo.
Quero o agora, quero a ilusão, o céu, o inferno.
Quero pulso, coração, cabeça, unhas e dentes.
Quero o delicado, o selvagem, o santo, o mundano.
Quero a sede, a agonia, a tristeza e a alegria.
Quero o tudo e o nada.
E eu serei muito feliz assim, ou não.
domingo, 20 de junho de 2010
You know that like the weather, sometimes we have to make some changes in our opinions.
desconfio que não haja solucionática para tanta problemática. Tem gente que diz que, quando se vê diante de um problema grave, vira as costas e sai andando. Eu bem que tentei, mas é impossível nos mantermos alheios quando a realidade anda esfregando o pano de chão na nossa cara."
Adoro esse trecho. Já faz tempo que o li na Revista Veja (apesar de eu não gostar muito da "Veja", acho que falta imparcialidade e credibilidade), ele foi escrito pela Fernanda Torres.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Nossa civilização atrai a morte para si: condena-se a extinção, levando consigo as demais formas de vidas
Na Idade Média, muitas crianças tinham falecimento prematuro. Mortes que muitas vezes podiam ser evitadas eram causadas por descuidos e alguns cogitam até a hipótese de um infanticídio, um desejo mais ou menos consciente - reprovado, é certo, pela moral religiosa e oficial. Essas mortes eram amenizadas como se os nascimentos posteriores pudessem fazer uma espécie de substituição.
Socialmente, as crianças eram menos valorizadas. Com a sociedade industrial e a baixa expectativa de vida dos adultos, a mão-de-obra infantil passa a ser utilizada em trabalhos domésticos, na confecção de vestimentas e nas usinas, na medida que eram remuneradas em plano inferior. Eles passaram a servir como modelo de operários futuros.
Ao mesmo tempo, o pensamento social agita-se em torno da saúde dos homens adultos - mais saudável, mais produtivo. Mas o aumento da expectativa de vida depende fundamentalmente do descrécimo da mortalidade. Logo, a preocupação com a vida implica, naturalmemte, em postergar a morte. Não se deve esquecer, contudo, que com o mundo capitalista vem outras doenças: stress, doenças de trato respiratório e cardíaco, doenças causadas pelo uso de drogas, etc.
O aumento da expectativa de vida gera uma multiplicação dos idosos, que é paradoxal, pois esta sociedade é visivelmente hostil aos velhos. Quanto mais eles vivem, menos são reconhecidos socialmente, tornam-se socialmente mortos. A crueldade é tamanha que nossa sociedade mata os velhos ainda vivos: internando-os em asilos ou hospitais.
Todavia, é necessário entender que o sentido do velho não se limita a gerar lucro ao mercado farmacêutico ou aos serviços médico-hospitalares. A presença do velho é indispensável para que se cultue a "morte natural", lógica e aceitável. Sobretudo, essa morte não é a aceitação da morte como algo natural, é transformá-la em algo esquecível. Faz-se um deslocamento da morte para a velhice. A noção de morte natural exclui a possibilidade que o homem porte-a em si, é a anulação da morte sendo parte integrante da vida.
A nossa sociedade faz o setor médico um mercado de extrema importância. Nela, o indivíduo deve submeter-se a uma "vida sã". Afinal, o sofrimento não é aceitável em uma sociedade que prega a "felicidade". Essa felicidade está associada ao consumo. Aqui, quem não acompanha a moda está out e morre socialmente. O consumo preenche uma lacuna que as outras formas de organização social foram incapazes de completar.
A morte está em toda parte na sociedade capitalista, e esta presença é a grande contradição de uma sociedade que pretende divinizar a vida.
domingo, 22 de novembro de 2009
Saudades do apartheid ?
Existe uma pequena cidade no interior da África do Sul que tenta preservar o que a maioria da população quer esquecer: a época em que brancos e negros viviam segregados – O apartheid. Orania foi criada por brancos para brancos, em uma área afastada dos principais centros do país. Ela não tem muros ou cancelas, mas, sem constrangimento, os moradores avisam que negros não são bem-vindos Quem mora na cidade nega o caráter racista do projeto e argumenta que sua motivação é simplesmente cultural. Os 700 habitantes fazem parte de um grupo restrito de brancos sul-africanos, os africâneres, mistura de descendentes de holandeses, franceses e alemães que migraram para a África do Sul no século XVII. Eles têm idioma próprio e identidade cultural. Por isso, a regra para se viver em Orania é ser africâner. Não há negros e mesmo os poucos brancos de origem inglesa só vivem lá porque são casados com africâneres..
A cidade fica a 650 quilômetros de Johanesburgo e nasceu em 1991, quando o fim da política oficial de segregação racial, se tornara inevitável. Um grupo decidiu comprar várias fazendas e assim viver isolado do resto do país, como forma de preservar sua língua e costumes. À época, treze famílias mudaram para as margens do rio Orange, na província do Cabo Norte, e ali fundaram Orania.
Há menos de duas décadas, os africâneres eram o grupo mais poderoso da África do Sul. Foram os mentores do apartheid, o regime de segregação racial que perdurou por mais de 40 anos. Durante o período, os negros foram confinados nas periferias das cidades, enquanto os brancos moravam nos bairros mais nobres. Os negros não tinham direito à livre circulação e, embora fossem maioria, estavam submetidos ao poder e à cultura dos brancos.
O idioma africâner fazia parte das matérias obrigatórias nas escolas e era o número 1 nas universidades. A partir dos anos 80, o apartheid passou a sofrer forte pressão tanto dentro quanto fora do país até ser desmontado no começo da década de 90. Em 1994, Nelson Mandela tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul e os africâneres perderam não só poderes político e econômico, como influência cultural. Hoje o país tem 49 milhões de habitantes, com 79% negros.
Embora não tenha sequer vinte ruas, Orania possui bandeira, rádio local e até moeda própria. O “ora” vale exatamente o mesmo que o rand sul-africano, mas quem o usa ganha 5% de desconto nas lojas da cidade. Toda criança que nasce recebe uma bolsa em “ora” equivalente a 2,5 mil reais como incentivo para expandir a comunidade. A aposta é em um modelo de desenvolvimento autossustentável em que a maior parte dos alimentos consumidos seja produzida lá mesmo. O símbolo de Orania é um garoto arregaçando as mangas da camisa, como sinal de trabalho. Quem mora ali se orgulha por fazer a cidade crescer.
O artigo 235 da Constituição Sul-africana “assegura o direito a pessoas de mesma cultura e origem se estabelecerem em um território específico”. Esta foi a brecha encontrada pelos africâneres para se distanciarem da soberania negra.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Talvez
Resolvi dar as "boas vindas" com um texto cujo título é um tanto contraditório, assim como eu, contraditória. Viver a vida - um pleonasmo, eu diria, assim como “subir para cima” ou “descer para baixo”. Afinal, ninguém pode comer a vida, beber a vida ou jogar a vida. Se é vida é para se viver, concorda? Ou pelo menos deveria ser assim. Talvez o título não esteja muito errado, se pensarmos que pode-se não vivê-la - sim, não viver a vida! Levando para o lado não-literal da coisa. Como já dizia Caio Fernando Abreu: "Nada é muito terrível. Só viver, não é?"
O texto em si é quase do gênero auto-ajuda. Logo eu, que sempre detestei livros de auto-ajuda e filmes com “lições de vida” iniciando de tal maneira? Pois é, talvez isto seja o reflexo do meu desejo não de me ajudar, mas sim de ajudar mais os outros, da minha necessidade de fazer mais... mais que doar algumas roupas, alguns livros, alimentos, economizar água, etc. Talvez eu queira mais. Talvez eu queira doar afeto e por que não, palavras?
Acho que as palavras certas nunca saem no momento certo. Ali, quando a gente realmente quer dizê-las ou escrevê-las. Assim, como agora. Eu quero dizer tantas coisas, mas parece que de repente as palavras sumiram e eu fiquei sem saber por onde procurá-las. As palavras são ditas (ou escritas) com naturalidade quando a gente está meio triste ou completamente feliz. Talvez esses sentimentos estimulem nosso senso crítico. Ou talvez os indivíduos sintam prazer em compartilhar suas tristezas e alegrias e por isso seja tão cômodo. Mas do que adianta escrever mil palavras se no fim a gente quer dizer a mesma coisa? Será que é por que o ser humano é por natureza prolixo ou por que a ênfase torna as palavras mais reais? Vai saber...
domingo, 25 de outubro de 2009
"Viver a vida"
Vergonha é ter medo de desistir, de recomeçar e de falhar de novo (por que não?). É insistir em algo que não vale a pena. Pode parecer piegas dizer que todo amanhecer é verdadeiramente um novo recomeçar, um novo dia, mas e se eu disser para você que é? Tudo só depende de você, de mim, de nós. Admitir que fizemos a escolha errada não é uma tarefa fácil, mas quando aprendemos a fazer isso, damos o 1° passo. Talvez o 1° passo para nossa felicidade, não custa nada tentar. Ou custa? A vida é simples, a gente é que complica tudo.